Diz Pedro Passos Coelho, na notícia do Público:
Este tipo de discurso e de ideias, pretensamente vanguardista (vamos ser liberais!...), mas na realidade profundamente conservador é deveras perigoso. Parecemos vislumbrar a avózinha, quando na realidade o que lá está é o lobo mau...
É que parecendo que se está a abrir a porta à consagração de direitos fundamentais, pela eliminação de discriminações fundadas na orientação sexual, o que se está realmente, e sob reserva mental, a tentar impingir é a existência de dois contratos civis (de afectos): um para os ditos normais, os heterossexuais (a sacrossanta instituição casamento); e outro para os outros, os homossexuais.
Ora, um normativo legal deste género, redundaria numa mesma discriminação em virtude da orientação sexual, mas agora sob uma capa de pretensa compreensão e respeito pela diferença.
Por que carga d'água é que o contrato casamento previsto no Código Civil tem que ser entre pessoas de sexo diferente?
Já agora, e aproveitando o ensejo, os que agora vêm propor e os que concordam com esta ideia falsamente modernista, são porventura os mesmos que lançaram o anátema, a propósito das recentes alterações à lei do casamento e ao Código do Trabalho, de que em Portugal é mais fácil a alguém divorciar-se do que a um patrão despedir o trabalhador... No emprego manda a flexibilidade, na família manda o conservadorismo, mesmo se com estas tiradas primaveris...
1 comentário:
Ora nem mais....
Enviar um comentário