terça-feira, 22 de abril de 2008

Impressões do Prós & Contras e PSD

Do momento actual do PSD, do que ontem retive do debate do Prós & Contras e das notícias de hoje do Jornal Público, ficam algumas ideias:
- Em Ângelo Correia, vislumbramos a verdadeira essência da elite laranja;
- Em Zita Seabra, quasi promovida a figura histórica do PSD, percebemos o que sobre ela disse uma vez Álvaro Cunhal, numa entrevista televisiva. É escusado reproduzir. Eu sei e muitos dos que lerão este post, também o saberão;
- Em Patinha Antão, denota-se sensatez em centrar o PSD como Partido da Social-Democracia, mas, ao querer conciliar essa atitude com a face mais direitista e neo-liberal e/ou Cavaquista do partido esbarra numa impossibilidade ideológica e filosófica. Tanto assim, que não entende o debate sugerido por Pacheco Pereira, acerca do símbolo partidário, do seu significado e da indissociabilidade entre este e o universo histórico e ideológico-partidário, espaço de construção de futuro;
- Em Passos Coelho, revela-se, na minha opinião, o discurso mais estimulante do PSD. E mais estimulante, porque é o único que enfrenta o espelho da história e pretende encontrar respostas para o futuro. É um discurso jovem, de cariz liberal, sem ser liberalizante, que escapa - ao que me foi dado parecer - a uma matriz Tatcheriana, e que por isso me parece mais capaz de clarificar o espectro político-partidário do futuro;
Todavia, sendo certa a candidatura de Manuela Ferreira Leite, parece-me que o debate ideológico e programático do PSD vai ficar reduzido a uma discussão acerca do candidato melhor posicionado para ganhar o poder.
Volto a referir agora, o que referi já num post antigo: o debate à esquerda do PS, dentro do PS; e o debate à direita do PSD, dentro do PSD é, no futuro imediato da política portuguesa, o mais necessário, profícuo e clarificador.

1 comentário:

Al Mertuli disse...

O PSD e a Cadeira que distribui "tachos"...

O PSD "morreu" no dia em que o Partido de Sócrates lhe ocupou o espaço...E, aos portugueses que ainda acreditem na democracia de cariz socialista, ou, se preferirem, social-democrata, só lhes resta repensar o procedimento, sistematicamente adoptado, nestes últimos trinta anos. E só vislumbro duas alternativas, a saber: votar na esquerda (CDU/Bloco), ou... votar em branco.
Os partidos do arco da governação estão tornados em "testas de ferro" dos interesses. São "partidos" para "mestres de obras", vulgo, "patos bravos".
Nestes "partidos", os "trolhas" deixaram de se poder rever. A não ser que "gostem" de se eternizarem em "fazedores de vivendas de luxo"...e "moradores em barracas"...