quarta-feira, 23 de julho de 2008

"Feared by the bad, loved by the good...Robin Hood, Robin Hood..."


A propósito da notícia do Público, só uma pergunta me ocorre:


Where are you, Robin Hood?

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Robin Hood "Socrático"...


Olhando para a imagem acima (que me mandaram, curiosamente, ontem por mail), e para o debate, na AR, acerca do Estado da Nação, dou comigo a pensar que esta imagem representa, surpreendentemente, um bom e ilustrativo, obviamente cómico, resumo das medidas convocadas pelo Governo para resolver as várias crises que o país atravessa.

Sobretudo ilustra, e de forma bem clara, a concepção de distribuição de riqueza que paira sobre este Governo. Estiveram bem os partidos de esquerda na crítica certeira que formularam: este Governo, parece conviver bem com a cobrança de uma taxa às Petrolíferas de somente 25% dos lucros abusivamente conseguidos. Ora, se são abusivos, esse o fundamento da implementação da taxa, então porquê só 25%? De facto, e retornando à imagem, se dela retirarmos o "Secretária Wengé" e pusermos "Lucros Abusivos da Galp", depressa percebemos o embuste que representa a medida anunciada, com toda a pompa, pelo Governo, na Assembleia da República.

Que país queremos???

Leio a notícia do Público e ouço o noticiário das 12 horas, na TSF, escutando as recentes declarações do Secretário de Estado da Educação, o Dr. Valter Lemos. Diz ele, a propósito das notas dos exames do 9.º ano, na disciplina de Matemática, que não, que não podemos estar satisfeitos com uma percentagem de negativas na ordem dos 40%, que há ainda muito trabalho a fazer, embora, claro está, se trate de uma redução significativa no número de negativas e de chumbos na disciplina.

Diz a Sociedade Portuguesa de Matemática - e, a meu ver, muitíssimo bem - que, efectivamente, o Sr. Secretário de Estado tem toda a razão, tanto mais, quando o exame tinha o nível de dificuldade que todos sabemos.

Ora, aqui é que reside o fulcro da questão. Não pode o Dr. Valter Lemos vir com tiradas demagógicas e politiqueiras (contrastantes, aliás, mesmo se noutro sentido, com as da Sra. Ministra, que mostrou regozijo e satisfação com o trabalho produzido pelo seu Ministério e agora, dava jeito, pelos professores) acerca de um assunto, de tão grande relevância para o nosso futuro comum. O que me incomoda é que, sendo visível e notório para todos, que a prova era demasiado acessível e pouco exigente para alunos que vão entrar para o 10.º ano de escolaridade, se faça politiquice (mais ainda, quando a abordagem é a que conhecemos e a que tão ilustre figura nos habituou), se construam discursos retóricos e se procure escamotear a verdadeira preparação e conhecimentos destes alunos.

Pouco me importam, os dividendos políticos que o Sr. Secretário de Estado e o Ministério da Educação, pensam poder retirar destes resultados. O que, sinceramente e honestamente, me importa é que este país cresça em termos educativos e culturais, não necessariamente aferido por graus de escolaridade, e menos ainda, quando se adopta uma estratégia de facilitismo e porreirismo na avaliação dos conhecimentos e no aproveitamento escolar.

É que, Cara Ministra e Caros Secretários de Estado, há jovens neste país, que, mais do que quererem uma Escola que lhes dê emprego, querem uma Escola que lhes mostre o conhecimento, querem uma maiêutica Socrática (o da Grécia, o filósofo...) que lhes abra a porta dos livros, que os faça ser mais gente, que os faça ser cidadãos interventores... Há jovens que não querem apontamentos Europa-América (perdoe-se a publicidade), nem contas de Merceeiro (com o devido respeito pela matemática dos merceeiros)... Há jovens que não querem ter vinte em Literatura Portuguesa, não sabendo quantos Cantos têm os Lusíadas!

Cara Ministra, Caros Secretários de Estado, nem todos os jovens deste país se podem inscrever nas jotas, até porque há muitos que não querem...

quarta-feira, 9 de julho de 2008

"O País Vai de Carrinho"



Ao ler a notícia do Público e esta também, lembrei-me do Zeca... Sim! Porque há sempre uma canção do Zeca no subconsciente de todos nós, quer dizer, dos que têm consciente para ter um sub atrás... Fundamentalmente, há sempre uma palavra do Zeca, para afrontar e combater a pesporrência mais descabelada de um qualquer governante.
A(s) palavra(s) é esta (permito-me retirar algumas estrofes, porque não sei fazer aquela coisa bonita dos blogues, de, com um clique, fazer aparecer o texto escondido por trás desse clique... se alguém ajudar agradeço!...)):

"O País Vai de Carrinho

(José Afonso)


O país vai de carrinho
Vai de carrinho o país
Os falcões das avenidas
São os meninos nazis

(...)


Gosta de passeio em grupo
No mercedes que o papá
Trouxe da Europa connosco
Até à Europa de cá


Despreza a ralé inteira
Como qualquer plutocrata
Às vezes sai para a rua
De corrente e de matraca


Se o Adolfo pudesse
Ressuscitar em Abril
Dançava a dança macabra
Com os meninos nazis

(...)


Que a cruz gamada reclama
e novo o Grão-Capitão
Só os meninos nazis
Podem levar o pendão


Mas não se esqueçam do tacho
Que o papá vos garantiu
Ao fazer voto perpétuo
De ir prá puta que o pariu"




segunda-feira, 30 de junho de 2008

Terroristas há muitos...

Não entrando sequer na discussão, acerca dos conceitos de terrorismo e de terroristas, e em particular da concreta situação entre as FARC e o Governo Colombiano. Discussão demasiado complexa, para ser explicitada com uma meia-dúzia de boutades!...

Pergunto só, ao Sr. Vereador do PS, se acaso se lembra da posição que o seu partido tomou, na Assembleia da República, e há bem pouco tempo atrás, a propósito do voto de pesar para a eminente figura da Democracia Portuguesa e da (re)conquista das nossas liberdades colectivas: o ínclito Cónego Melo...

Então, terroristas são só alguns?... Caso para dizer, recordando Vasco Santana: Terroristas há muitos...

terça-feira, 17 de junho de 2008

Hoje... como ontem...




A propósito da notícia do Público, tenho que dizer: sou benfiquista, e concordo inteiramente com o que tem sido feito pelo meu clube:


1.º As posições que tem tomado têm sido coerentes e consequentes com tudo o que tem vindo a defender, no que concerne à moralização da vida desportiva (e não está em causa, saber se o Luís Filipe Vieira é impoluto ou não... o que está em causa é a instituição SLB e essa tem andado bem em todo este processo);


2.º O papel da FPF e até da Secretaria de Estado do Desporto é bem maior e bem mais relevante do que o de andar com a selecção de futebol, repito: futebol, ao colo de dois em dois anos (Europeu e Mundial) a proclamar o orgulho pátrio e o unanimismo da Nação - e anda bem a instituição Benfica em denunciá-lo;


3.º Se o clube podia ir à Liga dos Campeões, e não o faz, por culpa exclusiva da FPF, pois muito bem: concordo que se defendam os legítimos direitos e interesses da instituição e se processem judicialmente os culpados;



É que não é preciso tirar um curso de Direito, para se perceber que a decisão produzida na ordem jurídica interna, no âmbito do processo apito dourado, transitou em julgado no que respeita à FCP, SAD., porque, mais do que não ter havido recurso, houve renúncia expressa, pelo punho da própria SAD, ao seu exercício (e não se venha com a história da carochinha, relativamente ao aproveitamento do recurso do Sr. Pinto da Costa à SAD... são questões totalmente diferentes, e qualquer jurista o deve saber) . Logo, é deveras estranho, ouvir um responsável pelo Departamento Jurídico da FPF, dizer que não tem a certeza, que não é bem assim, enfim, talvez, mas olhe que não... Tudo isto é absolutamente surreal, e faz parte com certeza, de uma qualquer realidade paralela, em que aliás, os organismos desportivos e os que os tutelam são tão profícuos e férteis...

Cassete... ou talvez não?!...

Lê-se no DN, de hoje, num determinado artigo de opinião:

"(...) Há soluções para as crises que aí estão? Evidentemente que há. É preciso mudar de paradigma, quanto mais rapidamente melhor. O neoliberalismo e o capitalismo de casino estão esgotados. As grandes concentrações de capital, a falta de ética nos negócios, os vencimentos milionários dos administradores dos bancos e das grandes multinacionais e a exploração infame dos outros trabalhadores estão a destruir o capitalismo que conhecemos no passado e que tanto se degradou nas duas últimas décadas. (...)".

Estas palavras são de Mário Soares, e obviamente, a primeira coisa que me ocorreu foi:

Então, mas afinal, isto não era o discurso da cassete!... Dou por mim a pensar, que talvez as cassetes sejam como os porcos de Orwell: umas mais iguais que outras...

quarta-feira, 4 de junho de 2008